quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um enigma


Escrito em: 19/12/2011

  A noite estava limpa e estrelada, poderia contemplar a beleza e finalizá-la com apenas um cerrar de olhos. Ao tentar, me virei, algo batia em minha cabeça, tentava me alertar de alguma coisa que ainda não conseguia decifrar, um enigma. O estranho é que tudo parecia normal, desde as batidas de meu coração à minha respiração, nada havia mudado.
  Duas imagens vinham a minha mente naquela noite, dois momentos diferentes e que haviam marcado meu passado.
  Seu sorriso não me importava, sua voz era como um hino em minha mente, seu cabelo irregular não chamava minha atenção, nem mesmo suas roupas, mas as palavras que eu ouvia eram tudo o que eu queria ouvir, eram sinceras e intimidantes, eram meu porto seguro e a demonstração de uma amizade que eu jamais tivera até então.
  Seu cabelo estava molhado e ele não falava, seus olhos cor de mel refletiam a luz e pareciam mais claros que nos dias anteriores, não reparei em seu corpo magro. Não lembro de sua voz, foram poucas palavras para que gravassem em minha memória falha, mas lembro de mexer em seu cabelo e só então reparar em seu sorriso branco. Eu provocava sem perceber, talvez não tivesse parecido, nem eu pude perceber o que acontecia. Era um verão que eu passava em modo automático.
  Não sabia se ao relembrar sorria ou desviava a dor, não eram os momentos ruins em si, era a saudade que batia ao perceber que aquilo jamais voltaria, que as coisas não poderiam voltar a ser como eram e que ninguém, nem mesmo eu, era a mesma pessoa daqueles momentos.
  Eu não queria mudar as coisas, era indiferente ao fato de que não poderia voltar ao passado nem para repetir os mesmos erros, eu só queria dormir.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Apenas, palavras


Escrito em: 11/12/2011

  Procurei por palavras para descrever algumas sensações, certas lembranças, o passado que ficou em minha memória. Não consegui e isto me frustrou. Palavras são expressões, são paixão, tristeza, qualquer demonstração de sentimento, por isso sou quem sou. Por amar palavras, por tentar sempre encontrá-las para demonstrar como me sinto ou o que penso.
  Não sou uma pessoa de "o sentimento não pode ser descrito" ou "a existência dele basta", tudo é transmitido através de palavras e as palavras tem o poder de nos fazer mudar, pensar sentir.
  Palavras mudam tudo.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sábado, 26 de novembro de 2011

O que faltava para a felicidade


Escrito em: 26/11/2011

  Era como se ela nunca pensasse, pois pensar significaria que ela se daria conta de toda a sua vida, todas as coisas que acontecem e aconteceram - também de todas as coisas que não aconteceram. Sair de todo o seu próprio mundo poderia pesar muito em suas costas e o valor a ser pago, disto ela nem imaginava.
  Custava a fechar os olhos, era o reverso, sonhava enquanto estava acordada, acordava enquanto estava indo dormir. Desiludir-se não é uma coisa boa, não para quem não tem uma boa realidade, ou alguma realidade. Era a alternativa que a mantinha salva, que satisfazia a vontade das pessoas de apenas vê-la viva, não que fosse um grande motivo para que ela quisesse isso, mas a ilusão a fazia esquecer de tudo.
  Em um rodopio via o mundo girar, girava rápido, a sua vontade. Borboletas flutuavam a sua volta, desfocando as cores das árvores atrás, algumas folhas caíam, seu mundo estava movimentado. Ao parar, o mundo ainda girava, devagar em uma parada. Seu olhar se voltava para somente uma pessoa, e ninguém mais, era somente o que precisava ver.
  O que faltava para a felicidade.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 13 de novembro de 2011

Amor & Suicídio - 3º Capítulo

Se você não leu o primeiro capítulo: Amor & Suicídio - 1º Capítulo
Se você não leu o segundo capítulo: Amor & Suicídio - 2º Capítulo

Amor e Suicídio

Capítulo 3.

  Todos esses sentimentos que guardei, que estava revivendo, me faziam querer apressar as coisas, mas eu sabia que antes de tudo eu precisava relembrar as coisas que aconteceram. Principalmente, me agradava relembrar os dias felizes que tive com ele, cada palavra era especial para mim.
  Não gostaria que me julgassem antecipadamente, ou que pensassem que Christian foi uma pessoa má, ele não foi nenhum homem ruim a princípio. Os motivos que estragaram nosso relacionamento foram justamente estes, ele não ter pensado que estava fazendo mal aos outros.



- Cassadee, essa música que acabei de tocar, eu fiz inspirado em você. Sei que não sou o melhor cantor do mundo, nem o melhor compositor, mas acredito que esta canção que eu fiz para você, sirva como prova do meu amor. Quer namorar comigo?
- É óbvio!
  Eu precisava relembrar estas palavras, sua música. Minha música. Eu podia ouvir mentalmente a música toda como se fosse um filme em que ela era a música tema do casal e passava durante as cenas, fazia parecer melhor do que ele tocando antes do pedido.

sábado, 29 de outubro de 2011

Não Existe Amor Pra Recomeçar


Escrito em: 29/09/2011

  Na imensidão deste silêncio, deixo as palavras me tocarem. Havia tempo que não me permitia sentir assim, tão profundamente. Eu só queria poder encontrar um meio de esvair todo esse sentimento, um meio para por um fim nele ou encontrar um meio de acreditar que não passa de uma ilusão. Ainda que desiludida - e por decisão própria por assim dizer - ainda encontro no mais profundo buraco, perdido em um lugar que nem eu sabia que um dia poderia encontrar, quanto menos tão rápido.
  Se o que sinto é um aglomerado de sentimentos juntos, eu não os quero mais, não quero sentir, quero ser insensível e parar de sentir coisas que não deveria, ou pensar em coisas que não mereço ou até querer ser alguém para quem não me merece. Como se tudo o que estou passando não bastasse.
  Em um oceano de palavras que não parecem fazer sentido, eu tento me esconder e fugir do que pode ser verdade, ainda que um dia eu tenha pedido e sonhado para que não tivesse acabado, para que eu ainda existisse. Não quero que palavras me encontrem.
  Ouço uma música que deveria me fazer sentir melhor, mas as lágrimas não exitam e eu sei o real motivo.
  Para recomeçar, eu desejo para mim, para os outros, - para quem penso parece já ter funcionado, isto não torna as coisas mais fáceis - mas talvez seja mais um motivo para me convencer de que já passou da hora de por um fim.
  Eu realmente acreditei que conseguiria, que havia conseguido, que estava no meu recomeço, barão, mas eu estou tão cansada. Já está na minha hora? Porque eu não suporto finais e despedidas.
  Gostaria de caminhar sem destino, conhecer pessoas novas, encontrar um novo motivo. O meu dia já passou, e parece que meu ano inteiro também está indo. Aonde vai parar o meu ano depois que tudo acabar? O que terei conquistado e o que olharei para trás, pelo que sorrirei, dizendo que valeu?
  Não existe amor para recomeçar.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Convencimento ao Errar: Ignorância


Escrito em: 12/10/2011

  Enjoo-me ao observar, afasto-me ao perceber a possibilidade de me aproximar do gênero, não existe exceções que me façam mudar. Minha aversão.
  Revolto, revira, ruge, remexe, range, volta. Corpo responde como merece. Sem remorso, hipócrita, culpado, orgulhoso. O que te faz ser assim?
  Sua falta de conduta me repele, a ética é extinta, a falta de pensar entrega seu ser atrofiado. O tom de sua voz me da repulsa, reflexo, minha mente entrega-se ao instinto. Não posso, só penso.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Se Morrer, Jamais Terei


Escrito em: 06/10/2011

  Palpitação, se tu querias morrer, não morras por favor, é o que faz viver, a razão jamais quis te ferir, quanto menos a mente iludir. É preciso que tu não pares, que insistas em continuar o que pode ser bom, a graça é a indefinição do futuro, as surpresas. Não desistas por temor.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Perdendo o Estar


Escrito em: 25/09/2011

  No íntimo deste subúrbio obscuro onde não há sol, nem estrelas me tiram do retraimento. Para não me lembrar de nenhum momento, finjo me preocupar com qualquer tormento. Não que um dia eu tenha perdido a razão, que goste de me esconder da ilusão, mas não quero viver como se nunca fosse sonhar.
  Nos paradigmas do mundo não consigo me encontrar e me sinto como se não pudesse estar. Mergulho no mundo de cólera, talvez eu devesse parar de elevar o que é, mas o que é, eu sinto real, e para mim, não sei se posso considerar fictício.
  Se eu pudesse me expressar, não gostaria de saber das consequências; o pouco que tentei não me fez bem, nem a mais ninguém. Talvez eu precise não existir.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Realidade: Esquecer


Escrito em: 14/09/11

  Hoje já não me lembro mais de seus olhos, do seu olhar. Consegui esquecer do seu sorriso, de sua risada. Perdi a memória do seu ser, de como ele é. Esvaiu-se suas palavras, as coisas que disse.
  Por hoje posso dizer que esqueci você, que apesar de lembrar instantaneamente com estas palavras, elas também já se passam, e você não pertence mais à minha memória - talvez até mesmo ao meu coração.
  Neste dia, mesmo que tenha consciência da sua falta, da falta dos planos, da falta das risadas, não sinto falta de você, nem mesmo de suas promessas falsas. Hoje eu vivo a realidade, ou apenas vivo.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Falha História


Escrito em: 09/09/11

  Dias que deveriam ser normais tomam-me, tornam-se rotina e envolvem-me. Não que devesse ser uma boa coisa, mas me faz querer me embriagar, iludir, fantasiar, sumir. Hoje vejo-me no ápice de uma solidão com a qual deveria estar acostumada, não ligar ou importar, eu deveria ser melhor que isso, deveria saber como me defender após cair.
  Percebo que não se trata de solidão, do quão nada eu me sinto, percebo que se trata de toda uma jornada que trilhei até chegar aqui. Não porque caí algumas vezes, falhei, mas porque não fui capaz de realizar meus sonhos, porque dependi das pessoas e deixei à elas a tarefa de decidir meu futuro, e todas elas me levaram até onde estou, até a pessoa falha que me tornei.
  Um dia sonhei em ser escritora e ilustrei uma história, entreguei para uma pessoa que agradeço por não lembrar o nome de quem destruiu meu sonho. Corrigiu cada palavra errada de uma mente infantil ao invés de escrever um simples "bom trabalho" com uma caneta vermelha, destruidora de sonhos.
  Outro dia insisti em sonhar em ser cantora, me inspirei no modelo que guardava em minha casa, em memórias de dias que não foram meus mas um dia quem sabe pudessem ser. Resolvi seguir em frente, acreditar em opiniões imaturas e me ver levando para o lado pessoal o fato de ser a única a não fazer parte de algo especial. Por ser mais matura não guardo rancor de um tutor, guardo rancores de ter nascido sem talento.
  Um dia sonhei que eu poderia amar e me envolvi em um sonho do qual pensava poder realizar, sonhei que um momento poderia eternizar e que não importava o real tempo de um acontecimento. Me vi acreditando em pessoas que não deveria confiar, que jogariam o meu sonho como se eu pudesse voltar a sonhar. Nunca dependeu somente de mim, e este era o problema de sonhar tão alto.
  Hoje sei que quem eu fui e quem me tornei são pessoas que pertencem a um paradoxo. Nunca quis ser quem eu sou, mas o mundo me trouxe aqui e talvez haja uma razão que ainda não descobri. Não que eu culpe todas as pessoas por ser assim, talvez nem eu seria minha amiga, mas eu gostaria de que nunca tivessem mentido para mim, omitido verdades e ter me jogado na realidade com tanta crueldade, era só o que eu queria.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sábado, 20 de agosto de 2011

Amor & Suicídio - 2º Capítulo

Se você não leu o primeiro capítulo: Amor & Suicídio - 1º Capítulo

Amor e Suicídio

Capítulo 2.

  Arrisco eu dizer que ele saiu comigo por pena. Não que ele soubesse que eu tinha levado um fora, eu não contei, mas ele devia imaginar que era uma noite ruim.
  Ele havia se mudado, por causa do trabalho. Agora ele morava em um bairro próximo ao meu, em uma casa incrivelmente grande. Lembro de tudo como se fosse ontem.

- Você mora perto de mim então, Cass.
- É Chris, quem sabe agora não precisemos do computador.
- Cass, venha comigo.
  Ele me levou de carro até um parque, demorou um pouco, então ficamos conversando. Eu não deveria ter ligado.
- Eu sei o que aconteceu aquela noite, na festa.
  É, admito que eu poderia estar errada ao pensar que podia fingir que nada acontecera e ele não saberia. Foi exatamente o pior modo possível de finalmente beijar Chris.
- Desculpa, eu não sabia que era você, eu... Não estava bem aquele dia.
- Nem eu, meus amigos me contaram. Eles perguntaram seu nome para a sua amiga.
- Uma noite e tanto não é?
  Ele só riu e continuamos caminhando pelo parque até chegar ao fim dele. Ele terminava em um lugar alto, aonde dava para ver uma boa parte da cidade.
- Sente neste banco e observe o espetáculo da natureza.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nada Restou


Escrito em: 08/2011

Tudo voa em volta de mim
mas as estrelas ainda brilham no céu
talvez não devesse ser tudo assim
ainda posso ver seus olhos cor de mel

As janelas estão trancadas
não consigo mais entrar
todas as portas estão fechadas
não aguento mais caminhar

Uma lágrima cai ao lembrar
queria tanto que não doesse
não sei se posso parar de pensar
sei que não queria que esquecesse

Me encontro em um vago
nada pode preenche-lo
ali habitava um alguém
agora só me resta o ninguém

Me encontro na indecisão
não sei se lembro ou se tento esquecer
tudo parece ser em vão
ainda é cedo para tentar fazer

A dor é um vizinho amigável
ninguém entende como estou
o sentimento é incomparável
para mim nada mais restou

Se ainda estivesse aqui eu tentaria te dizer
mesmo que não pensasse direito
talvez eu sentisse o que iria acontecer
talvez nada pudesse ser feito.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Simples e Basta


Escrito em: 08/08/11

  Se o que me faz perder o sono é isto, não há porque abandonar. Não pelo simples fato de desconfiar, não por que pode ser algo diferente, não por que me deixa noites acordada, não por que me faz sorrir, não por que me faz sonhar, não pelo simples fato de me fazer arriscar, não por me deixar curiosa, mas porque me faz bem, e isso basta.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Orgulho


Escrito em: 11/06/11

  Eu disse até nunca mais, nem pensei que fosse capaz.  Era tudo brincadeira, jamais disse ser verdade, mas que seja como queira, só não vem sentir saudade. Não sei qual foi o erro, mas se seu orgulho é tão grande assim, que este seja o enterro, prefiro que fique longe de mim.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 17 de julho de 2011

Já não me importa


Escrito em: 17/07/11

  Já não me importa o passado, o futuro, o que não fiz. Já não me importa o que eu já fiz, se sofri, se sorri. Já não me importa mais se um dia posso ser feliz, realizar coisas que sempre quis, presenciar coisas inesperadas. Já não me importa mais se quando adormecer irei sonhar com o que pode acontecer, encontrar seu olhar ao meu lado ou seu sorriso alguma outra vez. Já não me importa mais se eu tenho sonhos, se já os tive ou se ainda irei ter. Já não me importa mais nada, não quero pensar sobre razões para viver, razões para não viver, dúvidas, coisas que ainda quero descobrir. Eu só quero continuar a viver, quem sabe se eu parar de me preocupar, as coisas aconteçam como devem acontecer.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 3 de julho de 2011

Talvez se eu não te disser


Escrito em: 29/06/11

  Se eu te dissesse que tudo o que aconteceu não era ilusão, que não quero ser mais uma história de verão, que o sentimento ultrapassa qualquer temporariedade, gostaria que pensasse que digo a verdade. Se eu te dissesse que existem coisas que nunca disse a ninguém, que são sobre quando vi você, gostaria que não pensasse em nada além da amizade, que o que importa é esta realidade. Se eu te dissesse que mesmo que secretamente, pensei em uma chance e em você, gostaria que guardasse isto em sua mente e lembrasse de quem sou eu. Se eu te dissesse que adoraria te dizer todas as verdades e segredos - e acredite que existem muitos omitidos - gostaria que soubesse que jamais te contaria, se com medo do que aconteceria. Se eu te dissesse que sua amizade vale mais que tudo, que não me importa se nosso mundo é mudo, gostaria que soubesse que um dia tudo isto eu arrumo e não será em um momento importuno. Se eu te dissesse que tudo isto é pra você, que em meus sonhos posso te ver, por favor, finja nunca ter ouvido, pois estes segredos são meu abrigo. Se eu te dissesse tudo isto, a realidade me mostraria o porque aprendi que jamais terei você ou porque tenho medo do que pode haver.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sábado, 25 de junho de 2011

Mais um dia, um dia a menos.


Escrito em: 25/06/11

  Talvez fosse mais um dia monótono, uma rotina costumeira que em pequenos detalhes mudava. Sem razões para grandes felicidades, sem pensar nos motivos para existir ou não existir.
  Sobre o rio corrente pairava o vento, quase como em todas as manhãs. No céu voavam os pássaros, que novamente iriam migrar para longe. A lua se escondia no céu que estava ficando azul, quase do mesmo modo de todos os dias. O sol trazia consigo raios alaranjados de uma intensidade mais fraca naquela manhã. Mesmo no meio da cidade, ouvia o galo cantar anunciando em um horário alternativo que o dia começara. Eu me levantava quase sem vontade, me alegrava um pouco mais ao olhar o dia um pouco diferente.
  Minha motivação para um dia mais alegre: faltava um dia a menos para rever o seu sorriso.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Doce Ilusão


Escrito em: 01/06/11

  Por vezes pensei estar virando um ser humano por completo, duvidei de mim mesma e deixei o tempo julgar-me como culpada. Já era tarde quando me foi condenada a sentença, não pense que achei isto ruim, era um sinal de que nem tudo estava perdido, apesar da condenação.
  Uma pena que foi tarde demais e tudo tendeu a mudar, como eu não queria nem esperava. Hoje vejo que seria uma doce ilusão que minha mente e meu coração inventaram para meu escapismo da realidade, talvez para me dar esperanças por certo tempo, talvez para me retirar da possibilidade de uma depressão. Já não importa as razões, prefiro não julgar minha mente nem meu coração por pensar o que pensou e sentir o que sentiu ou pensou estar sentindo.
  Já nem sei mais o que é realidade, só sei que voltei a estaca zero, com lembranças de coisas que podem nem ter acontecido por uma trama planejada por mim mesma, inconsciente.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

Às vezes fico com saudades de momentos que eu ainda não vivi. Às vezes peco na vontade de sentimentos que eu ainda não senti. (Fresno)

domingo, 12 de junho de 2011

Você Subjuntivo


Escrito em: 11/06/11

  Não posso evitar: todo fim é ruim. No pretérito nós fomos, perfeito. Pretérito imperfeito: tu gostavas. Foi pretérito, infelizmente do indicativo, talvez no subjuntivo haja de acontecer, no futuro. Meu português indicativo, você subjuntivo.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Se eu Cometesse um Ato Impensado

Foto: Brendan Ó Sé

Escrito em: 09/05/11

 Eu não sabia o que aconteceria depois daquele dia. As pessoas tem o costume de encontrar um segundo sentido nas coisas em que fazemos na inocência, ainda não sei se isto foi bom ou ruim, tenho cravado em mim os dois lados.
 O que desperta em mim o real sentimento, uma pessoa melhor, o lado que gosto de ressaltar e provar que ainda existem razões para ter esperanças, para viver. E o que desperta em mim a saudade, a solidão, a tristeza. Eu jamais imaginaria que toda aquela situação se reverteria e me levaria a lembrar todos os dias daquele acontecimento. Você recebe em dobro tudo o que você faz para os outros, mesmo que isto devesse ser algo bom, no geral. Não quero abandonar a minha boa razão, no entanto preciso abandoná-la para poder seguir em frente.
 Nunca ou Agora? Maldita pressa em ter já, medo de passar e não querer mais. Eu só queria, queria tanto, queria muito; você sabe, ou imagina.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sábado, 14 de maio de 2011

A teoria da minha contradição


Escrito em: 14/05/11

  Meu andar me trai, meu cantar me denuncia, até mesmo as lágrimas que esvaem de meu olhar comprometem-me com o que está havendo dentro de mim. Algo que me faz ver que meu pulsar está mais forte, meu sorriso sai com qualquer fazer de nenhuma importância e insignificâncias. Meros detalhes são redigidos em minha mente e logo percebo que posso estar vendo o que quero por puro vício, ou ainda posso continuar com a teoria da minha conspiração. Posso assimilar contradições em meu íntimo como julgar pessoas que vêem coisas aonde não existem e detalhar cada palavra desmembrando outros possíveis significados daquela frase. Afinal, o ser humano é assim, previsível e incapaz de se controlar.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sábado, 16 de abril de 2011

Queria uma ilusão


Escrito em: 04/2011

  Eu só queria um dia, uma pessoa, um alguém que sorrisse pra mim, que me beijasse na garoa, o tal do sentimento enfim. Eu só queria um alguém que sussurrasse em meu ouvido mesmo havendo um porém, me fizesse perder um sentido. Eu só queria um garoto que pensasse como um homem e ainda assim não perdesse o seu jeito maroto e que de justiça tivesse fome. Eu só queria uma ilusão que me fizesse sonhar, que me trouxesse a paixão e no fim, feliz acordar. Eu só queria na realidade mergulhar e tudo o que parece ficção poder realizar e então provar que minha espera não é em vão.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 3 de abril de 2011

Queria que o mundo inteiro fosse Rio de Janeiro


Escrito em: 03/04/2011

  Quem já foi, prova a minha verdade,
  que nada foge da realidade.
  Sorrisos estampados nos rostos,
  vivem como a vida deve ser vivida.
  Pessoas com variados gostos,
  não há como reclamar de todo o carisma.
  Nada pode ser comparado,
  nem as fotos com a realidade.
  O que eu queria mesmo era a eternidade,
  para eu poder viver ao seu lado.
  Quem me dera o ano inteiro,
  fosse Rio de Janeiro.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quando a tristeza explode


Escrito em: 10/02/09

  Eles nem sabem como eu me sinto.
  Como se o mundo estivesse acabando.
  Como se a vida sentido jamais terá.
  Como se o meu estar fosse para que os outros transbordassem o seu ódio da vida em mim.
  Como se eu nunca fosse ser feliz.
  Como se o único modo de escapar da tristeza fosse dormir, ou na alegria dos outros me consumir.
  Como se o certo tivesse sido eu jamais existir.
  Príncipes encantados jamais existirão, mas pelo menos em minha ilusão, posso imaginar a perfeição e me perder nesta situação. Assim, pelo menos, tristeza eles jamais verão.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Amar Quem Te Ama


Escrito em: O Silêncio da Paixão - Capítulo 13, página 4

  Pierre não havia abandonado ela, era um garoto perseverante, do tipo que toda menina difícil gosta. Talvez o certo fosse ficar com ele. Amar quem te ama. Quem sabe esta fosse a alternativa para escapar das dores do mundo.
  Quisera ela lembrar disto antes. Quem sabe mesmo assim não adiantasse, ainda que ela acreditavsse que ele a amava. Em todo caso, este era um ensinamento para se guardar.
  Amar quem te ama. Não se trata sobretudo de amar primeiro. Uma vez que, literalmente seguindo este conselho, se ninguém amasse primeiro esperando ser amado, ninguém se amaria. Trata-se de construir uma relação, testar os sentimentos, a confiança e então, quando perceber com o tempo que tudo é verdadeiro, amar.
  O amor trata-se de um sentimento em conjunto, não se ama primeiro ou segundo. Aí se encaixa o ditado para amar quem te ama, amar junto, amar a dois, os dois amarem.
  Ela não podia amar Pierre imediatamente, mas podia conhecer melhor ele e então, quem sabe o que o futuro reserva?!

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Pior Parte


Escrito em: 14/02/11

  Por vezes pensei que meus olhos estavam me traindo, eu estava ficando louca ou não reparei completamente a cena. Após analisar cada parte milimetricamente tive a certeza de que o que eu havia visto não era meu sonho, nem a traição da minha mente. Cada parte de seu corpo parecia ter sido esculpido por anjos, como em meus sonhos, aquele era o garoto que habitava a minha mente nas noites de sono.
  Sabe qual é a pior parte de encontrar a pessoa dos seus sonhos? Parece que sua mente paralisa você e a adrenalina consome todas as frases cuidadosamente planejadas para casos como este. Seu coração acelera a um ritmo incomparável e seu corpo todo se enfraquece, mal podendo se sustentar. Ainda que eu pudesse falar, dizer que ele era o garoto dos meus sonhos soaria como uma cantada clichê. O que eu podia fazer era ficar observando e observando até que ele se fosse e eu nunca mais voltasse a vê-lo pessoalmente, somente em meus sonhos, aonde sempre habitou.
  O vi conversando, com seu sorriso tão angelical que cortava meu coração, indo embora e destruindo o resto do meu coração. Sabe qual é a pior parte de encontrar a pessoa dos seus sonhos? Saber que nunca mais verá ela e que ela não pertence e nunca pertencerá a você, a não ser em seus sonhos.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

Happy Valentine's Day!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Caminhar, Sonhar, Voar.


Escrito em: 12.02.11

  Sonho. Sonho muito alto, aonde é difícil alcançar, difícil conseguir e difícil voltar. Um sonho que voa, um sonho imaginário, um sonho com asas. Ele alça vôo e nunca mais volta a ser o mesmo, ainda que volte parar o mesmo lugar de onde alçou seu vôo, depois de tirar os pés do chão, a mente guarda que você já conseguiu voar.
  Um vôo azul, um vôo calmo, um vôo branco. Um vôo que só sabe voar, que não quer mais nada, a não ser se elevar. Já não posso mais ver o chão, e é como se ele nunca houvesse existido.
  Apesar de boa a sensação de voar, também sinto falta de caminhar. Um sonho que voa, é um sonho grande, um sonho que não se arrepende, um sonho extraordinário. É preciso voar, é preciso fazer seu sonho imaginário, ou ele nunca se fará sozinho.
  A hora de voar chegou, e ainda que deixe para trás a terra, ainda que sinta a falta, meu lugar não é lá. Meu lugar é sonhar, ver estrelas e alçar meu próprio vôo, seguindo meu próprio caminho.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Que Eu Quero Dizer

 

Escrito em: 05/01/10

   Olhando nos seus olhos me perdi em um lugar, onde alguma mínima célula minha nunca poderá tocar. Um lugar profundo e obscuro, mas que traz calma e intensa paz, que faz minha boca ansiar pelo seu sorriso e meu coração querer disparar com a sua voz. Sei que posso não te encontrar de volta tão cedo, mas estas palavras já estão ditas, elas gritam para virar realidade e acabar com a ilusão, elas querem somente você e não importa aonde for.
   Quem sabe seja exagero e você não se sinta como me sinto, mas estas palavras já estão ditas, elas querem se consumir em seu toque e enlouquecer em seu beijo, elas querem receber o seu sorriso e se alegrar com tudo isso. Seja o que for que acontecer, estas palavras são o que eu quero dizer.

                                                                                  Melissa Ribas Moura