quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Amor & Suicídio


Amor e Suicídio

Prólogo.

   Eu nunca pedi para me apaixonar, nunca pedi para nem nascer. Ninguém nunca me ensinou a o que eu deveria fazer se me apaixonasse, com apenas dezoito anos, uma criança. Não que agora eu seja uma adulta, mas parece tanto tempo, tanta diferença.
   Nunca ninguém me ensinou a o que fazer se esse amor continuasse por mais três anos, nunca ninguém me ensinou a resolver um problema. Nunca ninguém me ensinou a enfrentar a solidão e o sofrimento.
   Ninguém nunca me disse que o amor ia demorar tanto e ao mesmo tempo seria tão rápido, como o frio; De manhã tão impreciso e imprestável, que com o tempo vai parecendo mais demorado, mas quando chega a noite você já está na cama e está na hora de dormir, quente sob seus cobertores e o que aconteceu até agora já não importa mais, não importa se demorou tanto, mas sim que já acabou e o amanhã será outro dia, e não importa se será parecido com o hoje, mas que será amanhã.
   Nunca ninguém me ensinou a viver, mas mesmo assim eu estou vivendo. Nunca ninguém me ensinou a ver o futuro, mas ele, eu já sei.




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como Se Eu Fosse Um Ninguém


Escrito em: 30/07/09

Como se eu fosse um ninguém me desprezaram sem compaixão
Como se eu fosse um ninguém destruíram o meu coração
Como se eu fosse um ninguém me jogaram na solidão
E eu morri sem saber o que é paixão.
Minha vida foi levada ao nada
Como um dia pensei que iria ser se fosse abandonada
E fui largada,
Destinada a uma vida condenada.
Como se a vida não tivesse mais sentido para os outros
Acabaram com o que ainda vivia em mim aos poucos,
Destruíram e me deixaram sem esperanças
O que resta são más lembranças
Uma vida de desgraça
Uma pitada de trapaça
E pensar que já imaginei ser feliz
Só o que resta é sonhar com uma vida sem um falso juíz
Ninguém precisava me criticar
E fizeram isso sem exitar
Ninguém precisava lembrar de mim
Mas o que restou foram eles sempre dizendo sim
Mesmo que eu nunca tenha feito nada
Agora estou arrasada
Destruída
Abatida,
Destinada a uma vida sofrida.
Sem lembranças reais, com colegas banais
Sem destino ou futuro, só com pensamentos exagerados de maduros,
E eu que já quis ter um dia uma vida
Agora sei que de nada vale ser vivida.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que me destrói


Escrito em: 11/11/10

   Corro a teu encontro. Sei, na ternura de seus abraços encontro meu consolo. Apenas um toque seu é capaz de destruir meu ser.
   Ao se aproximar, estremeci, e toda a minha mente esvaiu-se. Minhas forças e o que me mantinha em consciência foram-se junto, como se um único vento no justo momento tivesse os levado. Já não tenho mais controle sobre o que digo, o que faço, sobre o meu ser.
   As vezes sinto medo do que possa fazer, sem mente, consciência, força, sem mim. O toque que me destrói se apurou, me puxou e se foi rapidamente. E ali estava eu, em meio a tanta gente, sozinha.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aquele Velho Ditado


Escrito em: 22/10/10

   O vento corta minha face. Lembro-me: Antes se arrepender de algo que fez do que de algo que não fez. Tão simples falar isso quando não se está na situação entre escolher fazer ou não algo que pode se arrepender. Antes estivesse na escolha ainda, depois da decisão as consequências são todas de sua responsabilidade. Ainda procuro a mente limpa que todos dizem ter quando você se arrepende depois de ter feito algo.
   É tão fácil falar quando não é você, quando não sentiu este peso. Meus cabelos voam em meu rosto. O tempo para quando você não precisa. Os relógios travaram, a decepção... também. Penso que o tempo deveria parar em outras ocasiões, mas de nada vale minha opinião, nada mudaria, não posso mandar no mundo.
   Quem dera tivesse segunda chance, quem dera pudesse voltar no tempo. Juntos não somos nada, não fomos nada. A quem queríamos enganar? Eu? Você? Os outros? Os outro não tem nada haver com isto. Era somente a vontade momentânea, nada de razão tinha naquilo.
   O que está feito, está feito. O que aconteceu lá, ficou lá, e em nossas mentes, infelizmente. Antes não se arrepender por ter feito um erro. Eu estava sozinha, com minha mente.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 7 de novembro de 2010

Tem vezes que fica


Escrito em: 02/11/10

  Tem vezes que fica, fica aquela sensação, aquela estranha, que embrulha meu estômago e enfebria minha cabeça.
  Sensação de que falta algo mas que nunca se sabe o que, ou talvez saiba, mas negue. Todavia, a sensação permanece. A curiosidade e impaciência em descobrir o que já sei vão desgastando meu ser e de repente já nem existo.
  Melhor não existir, pois é triste querer algo que sei que nunca vou ter.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Brincando com as palavras


Escrito em: 06/10/10

Ser indescritível,
sentir a atração foi inevitável;
queria pensar não ser incontrolável
já que isto faz ser irreparável
meu agir impensável.

Parecendo ser improvável
aconteceu o imprevisível
e agora é inaceitável
pensar em ti como imprestável;
considero mais insubstituível.

Mesmo parecendo intocável
em um pensamento incompreensível
posso pensar ser então inseparável
ainda que o sofrimento venha a ser irreparável
caso haja o inconcebível.

Mesmo que se parecesse invisível
o meu ser já é irreconhecível
e o sentimento? Inapagável.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mente vaga



Escrito em: 14/10/10

Olhei as nuvens,
tão formosas e tão distantes.
Tão longe, tão longe.

Cerrei meus olhos e lá estavam elas,
logo abaixo de mim.
Tão perto, tão perto.

Quem dera eu,
mesmo que elas sejam concretas,
pudesse tocá-las.
Tão longe, tão longe.

Minha imaginação?
Mente vaga,
E então aqui estão elas.
Tão perto, tão perto.

Ao meu lado?
Somente realidade.
Tão longe, tão longe.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Desabafo de um jovem em Crise


Escrito em: 06/01/10
Sabe quando tudo vem a tona de uma só vez? Odeio isso! Parece que o mundo para de girar bem na hora errada, congelando as coisas ruins em sua cabeça de tal maneira que seja impossível escapar. Eu só precisava de um pouco de paz e parece que nem isso é possível. A sua cabeça que começa a girar ao invés do mundo e você se sente em um vazio completo como um buraco negro que está te sugando enquanto você, com os olhos fechados, aprecia cada momento de tortura e desgosto na sua cabeça pensando que tudo vai acabar, mas ao invés disso, você percebe que é algo bem pior. Você não morre e vai para um lugar cheio de paz, você continua vivo e parado naquele intenso momento de solidão, tentando conter as lágrimas que não cessam em seu coração.
Eu só precisava que um raio caísse na minha cabeça, ou o vento paciente levasse consigo todas as minhas memórias, as memórias de um dia que sofri, as memórias de um dia que parecia não ter fim. Eu só precisava que as águas calmas do mar me atingissem e purificassem minha mente com seu poder intranscendente, eu só precisava que a dor tivesse um fim e logo, de um modo tão furtivo que fosse inesperado, chegasse a verdadeira calma e completa felicidade. Eu só precisava acreditar que um dia eu chegaria a conhecer, a então desconhecida por mim, felicidade.

                                                                                  Melissa Ribas Moura