sábado, 29 de outubro de 2011

Não Existe Amor Pra Recomeçar


Escrito em: 29/09/2011

  Na imensidão deste silêncio, deixo as palavras me tocarem. Havia tempo que não me permitia sentir assim, tão profundamente. Eu só queria poder encontrar um meio de esvair todo esse sentimento, um meio para por um fim nele ou encontrar um meio de acreditar que não passa de uma ilusão. Ainda que desiludida - e por decisão própria por assim dizer - ainda encontro no mais profundo buraco, perdido em um lugar que nem eu sabia que um dia poderia encontrar, quanto menos tão rápido.
  Se o que sinto é um aglomerado de sentimentos juntos, eu não os quero mais, não quero sentir, quero ser insensível e parar de sentir coisas que não deveria, ou pensar em coisas que não mereço ou até querer ser alguém para quem não me merece. Como se tudo o que estou passando não bastasse.
  Em um oceano de palavras que não parecem fazer sentido, eu tento me esconder e fugir do que pode ser verdade, ainda que um dia eu tenha pedido e sonhado para que não tivesse acabado, para que eu ainda existisse. Não quero que palavras me encontrem.
  Ouço uma música que deveria me fazer sentir melhor, mas as lágrimas não exitam e eu sei o real motivo.
  Para recomeçar, eu desejo para mim, para os outros, - para quem penso parece já ter funcionado, isto não torna as coisas mais fáceis - mas talvez seja mais um motivo para me convencer de que já passou da hora de por um fim.
  Eu realmente acreditei que conseguiria, que havia conseguido, que estava no meu recomeço, barão, mas eu estou tão cansada. Já está na minha hora? Porque eu não suporto finais e despedidas.
  Gostaria de caminhar sem destino, conhecer pessoas novas, encontrar um novo motivo. O meu dia já passou, e parece que meu ano inteiro também está indo. Aonde vai parar o meu ano depois que tudo acabar? O que terei conquistado e o que olharei para trás, pelo que sorrirei, dizendo que valeu?
  Não existe amor para recomeçar.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Convencimento ao Errar: Ignorância


Escrito em: 12/10/2011

  Enjoo-me ao observar, afasto-me ao perceber a possibilidade de me aproximar do gênero, não existe exceções que me façam mudar. Minha aversão.
  Revolto, revira, ruge, remexe, range, volta. Corpo responde como merece. Sem remorso, hipócrita, culpado, orgulhoso. O que te faz ser assim?
  Sua falta de conduta me repele, a ética é extinta, a falta de pensar entrega seu ser atrofiado. O tom de sua voz me da repulsa, reflexo, minha mente entrega-se ao instinto. Não posso, só penso.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Se Morrer, Jamais Terei


Escrito em: 06/10/2011

  Palpitação, se tu querias morrer, não morras por favor, é o que faz viver, a razão jamais quis te ferir, quanto menos a mente iludir. É preciso que tu não pares, que insistas em continuar o que pode ser bom, a graça é a indefinição do futuro, as surpresas. Não desistas por temor.

                                                                                  Melissa Ribas Moura