quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Brincando com as palavras


Escrito em: 06/10/10

Ser indescritível,
sentir a atração foi inevitável;
queria pensar não ser incontrolável
já que isto faz ser irreparável
meu agir impensável.

Parecendo ser improvável
aconteceu o imprevisível
e agora é inaceitável
pensar em ti como imprestável;
considero mais insubstituível.

Mesmo parecendo intocável
em um pensamento incompreensível
posso pensar ser então inseparável
ainda que o sofrimento venha a ser irreparável
caso haja o inconcebível.

Mesmo que se parecesse invisível
o meu ser já é irreconhecível
e o sentimento? Inapagável.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mente vaga



Escrito em: 14/10/10

Olhei as nuvens,
tão formosas e tão distantes.
Tão longe, tão longe.

Cerrei meus olhos e lá estavam elas,
logo abaixo de mim.
Tão perto, tão perto.

Quem dera eu,
mesmo que elas sejam concretas,
pudesse tocá-las.
Tão longe, tão longe.

Minha imaginação?
Mente vaga,
E então aqui estão elas.
Tão perto, tão perto.

Ao meu lado?
Somente realidade.
Tão longe, tão longe.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Desabafo de um jovem em Crise


Escrito em: 06/01/10
Sabe quando tudo vem a tona de uma só vez? Odeio isso! Parece que o mundo para de girar bem na hora errada, congelando as coisas ruins em sua cabeça de tal maneira que seja impossível escapar. Eu só precisava de um pouco de paz e parece que nem isso é possível. A sua cabeça que começa a girar ao invés do mundo e você se sente em um vazio completo como um buraco negro que está te sugando enquanto você, com os olhos fechados, aprecia cada momento de tortura e desgosto na sua cabeça pensando que tudo vai acabar, mas ao invés disso, você percebe que é algo bem pior. Você não morre e vai para um lugar cheio de paz, você continua vivo e parado naquele intenso momento de solidão, tentando conter as lágrimas que não cessam em seu coração.
Eu só precisava que um raio caísse na minha cabeça, ou o vento paciente levasse consigo todas as minhas memórias, as memórias de um dia que sofri, as memórias de um dia que parecia não ter fim. Eu só precisava que as águas calmas do mar me atingissem e purificassem minha mente com seu poder intranscendente, eu só precisava que a dor tivesse um fim e logo, de um modo tão furtivo que fosse inesperado, chegasse a verdadeira calma e completa felicidade. Eu só precisava acreditar que um dia eu chegaria a conhecer, a então desconhecida por mim, felicidade.

                                                                                  Melissa Ribas Moura