sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que me destrói


Escrito em: 11/11/10

   Corro a teu encontro. Sei, na ternura de seus abraços encontro meu consolo. Apenas um toque seu é capaz de destruir meu ser.
   Ao se aproximar, estremeci, e toda a minha mente esvaiu-se. Minhas forças e o que me mantinha em consciência foram-se junto, como se um único vento no justo momento tivesse os levado. Já não tenho mais controle sobre o que digo, o que faço, sobre o meu ser.
   As vezes sinto medo do que possa fazer, sem mente, consciência, força, sem mim. O toque que me destrói se apurou, me puxou e se foi rapidamente. E ali estava eu, em meio a tanta gente, sozinha.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aquele Velho Ditado


Escrito em: 22/10/10

   O vento corta minha face. Lembro-me: Antes se arrepender de algo que fez do que de algo que não fez. Tão simples falar isso quando não se está na situação entre escolher fazer ou não algo que pode se arrepender. Antes estivesse na escolha ainda, depois da decisão as consequências são todas de sua responsabilidade. Ainda procuro a mente limpa que todos dizem ter quando você se arrepende depois de ter feito algo.
   É tão fácil falar quando não é você, quando não sentiu este peso. Meus cabelos voam em meu rosto. O tempo para quando você não precisa. Os relógios travaram, a decepção... também. Penso que o tempo deveria parar em outras ocasiões, mas de nada vale minha opinião, nada mudaria, não posso mandar no mundo.
   Quem dera tivesse segunda chance, quem dera pudesse voltar no tempo. Juntos não somos nada, não fomos nada. A quem queríamos enganar? Eu? Você? Os outros? Os outro não tem nada haver com isto. Era somente a vontade momentânea, nada de razão tinha naquilo.
   O que está feito, está feito. O que aconteceu lá, ficou lá, e em nossas mentes, infelizmente. Antes não se arrepender por ter feito um erro. Eu estava sozinha, com minha mente.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

domingo, 7 de novembro de 2010

Tem vezes que fica


Escrito em: 02/11/10

  Tem vezes que fica, fica aquela sensação, aquela estranha, que embrulha meu estômago e enfebria minha cabeça.
  Sensação de que falta algo mas que nunca se sabe o que, ou talvez saiba, mas negue. Todavia, a sensação permanece. A curiosidade e impaciência em descobrir o que já sei vão desgastando meu ser e de repente já nem existo.
  Melhor não existir, pois é triste querer algo que sei que nunca vou ter.

                                                                                  Melissa Ribas Moura