sábado, 11 de fevereiro de 2012

Choro Auriverde


Escrito em: 11/02/2012

Encontro num tom fumaça
cheiro de licor, um grito de dor;
ouço no fundo desgraça,
democracia onde quem manda é o valor.

No rabisco de um artista,
belas palavras escritas;
maior respeito por anarquistas
reprovação da real conquista.

De joelhos imploro,
pessoas gritam em um tom sonoro;
nada que vejo condiz
com o potencial do nosso país.

Olhares de canto me atingem, singelo,
quando assumo verde e amarelo.
Como posso os retrucar
se a realidade daqui é roubar?

Como poderei me orgulhar
da maior pátria do mundo,
se olhando bem afundo
mal posso me expressar?

Se um dia tudo evoluir,
toda a sujeira sumir
e o músico puder sonhar
as pessoas gostarão de seu lugar.

Um sonho seria poder ver
o mundo inteiro reconhecer
o potencial deste lugar
que possui tanto para mostrar.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

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