segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sobre a teoria da montanha-russa


Escrito em: 02/07/2012

 Olhava baixo enquanto caminhava por ruas quase desertas, o azul do céu já não chamava mais a atenção, não roubava olhares alegres que se espantariam com a sua presença. O pensamento já não parava em lugar algum e, ao mesmo tempo, só se direcionava para um algo em específico.
- Há quanto tempo não o vejo! - dizia.
- Como vai você?
 Conversas clichês - geralmente não levam a lugar algum. Geralmente servem de iniciativa desinteressante de alguém que abre a possibilidade para que esta possa se mostrar interessante.
- Posso entrar?
 Havia aquela certa mudança de humor que levava a uma teoria popularmente chamada de "montanha-russa", mas não era divertido, como andar em uma montanha-russa, era angustiante e instável. Não era algo seguro a que se apegar e tornar parte de sua rotina.
 Um lugar os uniu para que a conversa, de início boba, começasse. Ainda não sabia se era uma boa hora, não sabia em qual parte da montanha-russa estava. Sentimentos reprimidos que cultivava para si.

                                                                                  Melissa Ribas Moura

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